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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Feam divulga balanço de atendimento a emergências ambientais


O levantamento revela, ainda, que a maior parte desses acidentes foi registrada nas rodovias federais, em especial a Fernão Dias - BR 381(43 acidentes)
BELO HORIZONTE (09/02/11) - O Relatório Anual de Atividades e Atendimentos a Emergências Ambientais, divulgado pela Gerência de Emergência Ambiental (Geamb) da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), mostra que, em 2010, foram atendidas 157 ocorrências. Os dados revelam um crescimento em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados 147 atendimentos, enquanto em 2008, foram 130.
De acordo com o gerente de Emergência Ambiental da Feam, Eduardo Bacelar, o aumento no número de ocorrências se deve, principalmente, aos acidentes rodoviários envolvendo caminhões carregados com material tóxico. Conforme consta do relatório, foram contabilizados 127 acidentes com veículos de carga, o que representa 79,6% das ocorrências atendidas pelo Núcleo de Emergência Ambiental (NEA) da Geamb em 2010.
Segundo o balanço, dos 127 acidentes, 44 envolviam caminhões transportadores de combustível automotivo. O levantamento revela, ainda, que a maior parte desses acidentes foi registrada nas rodovias federais, em especial a Fernão Dias - BR 381(43 acidentes), sentido Belo Horizonte/São Paulo. As BRs 262 (10 acidentes), 116 (11 acidentes) e 040 (14 acidentes) também registraram várias ocorrências. "As consequências de acidentes desse tipo são imensas. Registramos, no ano passado, 45 vítimas além dos danos ambientais, como contaminação de solo e de cursos d’água, e danos materiais", ressalta Bacelar.
O gerente informa que a Feam está desenvolvendo ações mais efetivas para controle do transporte de produtos perigosos. "Atualmente, a regularização ambiental do transporte desse material se dá por meio de Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF) para empresas que têm até 50 veículos. Acima dessa quantidade é exigido licenciamento ambiental", afirma o gerente.
No entanto, muitos dos caminhões ainda trafegam sem a devida regularização. Em blitze realizadas no ano passado, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR 381, técnicos da gerência verificaram que de 89 veículos de carga fiscalizados, 25% não tinham licença ambiental para trafegar carregando produtos perigosos.
Simulados
A fim de minimizar os danos provocados pelas ocorrências com caminhões carregados com produtos perigosos, a Geamb promoveu, no ano passado, simulações de acidentes com produtos perigosos. "O objetivo foi melhorar a integração entre os órgãos envolvidos no cenário da emergência, além de avaliar a capacidade das equipes médicas de Belo Horizonte em atender vítimas dos acidentes ambientais", esclarece Bacelar.
Para o gerente é fundamental que os agentes rodoviários, primeiros a prestar o atendimento em caso de acidentes automotivos, saibam identificar o produto envolvido e os impactos ambientais provocados. "Por isso, fizemos uma parceria com a PRF para capacitar os policiais rodoviários federais e, em breve, começaremos a trabalhar com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE)", destaca.
De acordo com o relatório, os demais atendimentos realizados pelo NEA em 2010 foram vazamentos em empresas, vazamentos em postos de combustíveis, vazamento de duto, suspeita de rompimento de barragem e acidentes em ferrovias. "Nos acidentes ferroviários as cargas não são de produtos perigosos. Na maioria das vezes os acidentes acontecem com o derramamento de produtos que se degradam, como milho e soja que, em grandes quantidades, podem contaminar o meio ambiente", esclarece o gerente.
Fonte:site, jusbrasil.com.br
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